Aqui estou, refletindo sobre essas palavras tão simples e ao mesmo tempo tão profundas: “Isso vai passar…”.

Você já se pegou repetindo essa frase em momentos difíceis? 

Eu sim, muitas vezes. Mas recentemente, tenho olhado para ela com outros olhos.

Confesso que tenho refletido muito sobre esse coexistir que tanto falo para você. 

Às vezes me pego pensando se esse equilíbrio seria apenas uma utopia ou algo que inventei na minha cabeça. 

A palavra “coexistir” existe, mas frequentemente a confundimos com a ideia impossível de estar presente em múltiplas tarefas com a mesma intensidade e ao mesmo tempo. 

Pelo menos era o que eu imaginava ser o ideal antes do meu burnout.

Esse mês de julho que se passou foi um período de férias escolares das crianças muito diferente para mim, sabe? 

Eu sempre criei muitas expectativas nessa época do ano. 

Estar com meus filhos em tempo integral e performar do mesmo jeito no trabalho. 

Afinal, apertando aqui e ali, a mulher maravilha surge e violá, o dia termina com tudo em ordem e a Mi? 

Bem, a Mi está em algum lugar da casa cansada, descabelada e chateada com ela mesma. 🤦🏻‍♀️

Nessas férias eu me propus que trabalharia mais a leveza comigo mesma.

Pediria ajuda para situações do cotidiano com a casa e, sem cobrança interna, estaria presente com as crianças. 

Estar presente de verdade, sem deixar minha mente se distrair querendo fazer outras coisas ao mesmo tempo. 

Não consegui trabalhar da forma como eu queria, mas o simples fato de ter tirado a cobrança interna das minhas costas me fez observar melhor esse momento do ano ao lado dos meus pequenos.

Uma professora e grande amiga me disse essa semana:

“Mi, um dia os papéis irão se reverter. Aproveita ao máximo enquanto eles vêm até você. Lá frente, quando eles estiverem maiores, você que irá até eles e pode ser que não tenham mais todo o tempo do mundo para você.”

Isso me fez refletir, sabe? 

O quanto eu realmente tenho aproveitado esse momento ao lado das crianças. 

Não pelo fato de não estar fisicamente com eles, mas pelo fato de estar sempre com minha mente focada também no que precisa ser feito.

Sim, eu também faço isso.

Sim, mesmo consciente dessas questões, elas vêm e vão.

Somos seres humanos, complexos, que lidam com o ser e o fazer, com o sentir e o racionalizar.

Até isso, quando tratado com mais naturalidade, reduz a pressão que a própria situação nos impõe.

Porque sim, isso vai passar…

Os dias de férias, as noites sem dormir, os momentos difíceis, as fases desafiadoras… tudo passa. 

Mas o que fica? 

O que permanece são as memórias que construímos quando estamos verdadeiramente presentes.

🌱 Sua Semente desta semana:

Esta semana, convido você a fazer um pequeno exercício de presença consciente. 

Escolha um momento do seu dia. 

Pode ser o café da manhã, o banho das crianças ou até mesmo os 5 minutos antes de dormir. 

Dedique-se a estar 100% presente nele. 

Desligue o celular, esqueça a lista de tarefas, e simplesmente esteja ali, com todos os seus sentidos.

Durante esse exercício:

👀 Observe – Perceba como você se sente durante esse momento escolhido. Que sensações surgem no seu corpo?

📝 Registre – Anote em um diário essas sensações, pensamentos e emoções que surgirem.

💭 Reflita – Ao final da semana, releia suas anotações e pergunte-se: o que descobri sobre mim nestes momentos de presença plena?

✨ Celebre – Reconheça cada pequeno momento de presença verdadeira como uma vitória.

Lembre-se, não se trata de ser perfeita, mas de praticar. Como nos lembra Martha Beck em seu livro “Por inteiro – O caminho para o seu verdadeiro eu”:

“Quando você se sente dividida entre o que deve fazer e o que realmente quer fazer, está deixando de viver em integridade. A verdadeira paz vem quando paramos de lutar contra nós mesmas e começamos a honrar o que nosso coração realmente deseja.”

Porque, no fim das contas, isso vai passar…

Mas a forma como vivemos cada momento, isso sim permanece em nós para sempre.

Eu vejo você,

Com amor,
Mi 🪴

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